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A safra de algodão 2022/23, com sua produção histórica e produtividade recorde, traz à tona uma realidade complexa em que volumes recordes não são sinônimos garantidos de alta rentabilidade.
A volatilidade dos preços permanece como um desafio inerente ao agronegócio, oscilando em resposta a uma miríade de fatores globais e locais que afetam a oferta e a demanda.
Por isso, mesmo diante de um cenário positivo, os cotonicultores devem permanecer vigilantes, equilibrando otimismo com cautela. O planejamento estratégico é essencial, e uma compreensão profunda das tendências do mercado pode ser a diferença entre capitalizar as oportunidades ou enfrentar dificuldades inesperadas.
Como foi a safra de algodão 2022/23?
A boa distribuição de chuvas registrada na safra 2022/23 nas principais regiões produtoras, especialmente nos Estados de Mato Grosso e Bahia, beneficiaram as lavouras de algodão por conta da alta umidade durante todo o desenvolvimento da cultura.
Esse cenário climático favorável refletiu em números. Segundo dados do 12º Levantamento da safra de grãos da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), a safra de algodão 2022/23 finalizou com uma produção total de 3,15 milhões de toneladas, 23,3% a mais que a safra anterior.
Essa produção total foi impulsionada pelo aumento de 4% na área cultivada, mas principalmente pela produtividade que, com uma média de 1.893 kg/ha, registrou um aumento de 18,6% frente à safra anterior.
Fonte: 12º Levantamento da safra de grãos – Conab. Setembro/2023
Esse crescimento é atribuído, principalmente, aos preços favoráveis de 2022 e à boa rentabilidade da cultura do algodão, que levou os produtores a investir em tecnologias e aproveitar as condições climáticas favoráveis.
Como estão os preços e o mercado na entressafra?
O mercado de algodão vem passando por uma fase de volatilidade em que, apesar da disponibilidade crescente de algodão em pluma devido ao avanço do beneficiamento da safra recorde, há liquidez reduzida e oscilação nos preços.
Na análise corrente, observa-se um mercado marcado por uma certa tensão entre oferta e procura, com produtores e compradores apresentando divergências significativas sobre as valorações, o que resulta em um volume de negociações reduzido, focado principalmente em transações pontuais para reposição de estoque ou necessidades imediatas.
De acordo com informações do Cepea, a tendência geral de preços é de alta, mesmo diante de uma liquidez baixa. Contudo, os produtores, sobretudo aqueles em busca de capitalização urgente, estão dispostos a negociar a preços mais baixos, o que indica uma pressão sobre as cotações, especialmente diante dos estoques de passagem, que podem alcançar um nível histórico em dezembro.
A pressão por baixa nos preços é evidente em regiões como o Mato Grosso, onde houve uma desvalorização na pluma do algodão. Em contrapartida, há um leve aumento nos preços observados na Bahia.
A situação é agravada pela volatilidade nos mercados referenciais externos, o que repercute diretamente sobre as negociações domésticas, influenciando tanto os preços quanto a disposição dos agentes do mercado em fechar negócios.
Mercado interno e exportações
No mercado interno nota-se uma desaceleração significativa, com os compradores e vendedores agindo com cautela e focados nos indicadores do mercado externo. As indústrias estão comprando apenas o necessário para suas demandas imediatas ou para reposição de estoques, e está previsto que o consumo interno não exceda 690 mil toneladas em 2023.
Se por um lado o mercado nacional pode consumir menos algodão produzido no Brasil, o excedente desse abastecimento deve se destinar ao mercado externo, fechando as exportações da safra 2022/23 com aproximadamente 1,4 milhão de toneladas.
Além disso, a Abrapa renovou seu convênio com a ApexBrasil, Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos, com o objetivo de promover o algodão brasileiro no mercado externo.
Essa parceria vai injetar R$ 23 milhões, sendo R$ 10 milhões da ApexBrasil e R$ 13 milhões da Abrapa, em ações para alavancar o relacionamento com o comprador internacional, como participação em importantes feiras e apoio aos produtores que já desempenham seu papel na consolidação desse mercado.
Diante desse cenário em que a produtividade está boa e o mercado instável com preços abaixo da média, planejar-se com antecedência sobre os possíveis riscos da próxima safra é uma estratégia inteligente para obter o máximo em rentabilidade.
Para isso, existem modalidades de negócio que podem ser vantajosas para o produtor, com possibilidade, inclusive, de abrir novos mercados em outros países e negociar a pluma do algodão brasileiro a preços mais competitivos.
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Você conhece a operação Barter? É uma modalidade mercadológica que pode ser muito vantajosa por prevenir e proteger os produtores de possíveis prejuízos financeiros.
Basicamente, o Barter é uma forma de negociação entre produtores, cooperativas e parceiros baseada no fornecimento dos insumos para toda a safra com um preço travado antes do início do plantio e, como pagamento, o produtor negocia uma parte da sua colheita, com preços previamente estipulados e, assim, fica protegido das oscilações do mercado.
Com isso, o produtor recebe os insumos necessários para todo o manejo da lavoura e obtém o máximo de produtividade com a melhor negociação de preços de parte da sua colheita.
A Syngenta, por meio da Nutrade, é um exemplo de empresa que, há mais de 15 anos, realiza o Barter de forma muito vantajosa, expandindo o mercado de diversas commodities, como soja, milho, café e algodão, resultando em inúmeras vantagens:
- Ganhos adicionais na operação com o portfólio adequado de soluções.
- Menor risco de prejuízos, pois o pagamento é feito após a colheita.
- O produtor não tem necessidade de recorrer a empréstimos com altas taxas de financiamento.
- Maior alcance na negociação e abertura de novos mercados.
No vídeo abaixo, Eduardo Menegário, Diretor da Agriculture Value Chain, junto aos produtores Marisa Contreras, produtora de café, e Clovis Ceolin, produtor de algodão, falam sobre as vantagens da operação Barter e como a Nutrade atua nessa conexão e geração de valor no campo.
Movimento Barter em Campo
Recentemente, a Syngenta lançou o movimento Barter em Campo, cujo objetivo é facilitar e proteger os produtores das possíveis oscilações de preço em relação aos insumos de grãos.
Na prática, o movimento atinge todos os produtores rurais, independentemente do tamanho de suas áreas e da localização de sua lavoura. A ideia é ampliar essa oportunidade diante da instabilidade do mercado, apresentando uma modalidade financeiramente vantajosa. Para participar, basta o produtor rural procurar um representante ou distribuidor Syngenta da sua região.
A Syngenta está ao lado do produtor rural em todos os momentos, oferecendo as soluções necessárias para construirmos, juntos, um agro cada vez mais inovador, rentável e sustentável.
Acesse o portal Syngenta e confira a central de conteúdos Mais Agro para ficar por dentro de tudo o que está acontecendo no campo.
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